Jangadeiros Cearenses: a dura rotina dos homens que sobrevivem do mar
Jangadeiros Cearenses: a dura rotina dos homens que sobrevivem do mar
Jangadeiros Cearenses: a dura rotina dos homens que sobrevivem do mar
Jangadeiros Cearenses: a dura rotina dos homens que sobrevivem do mar
TREM DA FANTASIA: Jovens trabalhadores se fantasiam de personagens para ajudar na renda familiar
TREM DA FANTASIA: Jovens trabalhadores se fantasiam de personagens para ajudar na renda familiar
TREM DA FANTASIA: Jovens trabalhadores se fantasiam de personagens para ajudar na renda familiar
TREM DA FANTASIA: Jovens trabalhadores se fantasiam de personagens para ajudar na renda familiar
As águas agitadas e o sol queimando na pele não são empecilhos para que as redes sejam lançadas. Do amanhecer ao anoitecer, os pescadores mantêm viva a esperança das telas cheias
Visão de Fora
Um olhar de fora
Susy Costa é uma jornalista de Mato Grosso que veio morar no Ceará há 15 anos e nunca perdeu o olhar de encantamento de quem vê a beira-mar pela primeira vez. No Instagram, pública fotos do cotidiano da orla, redescobrindo o lugar a cada dia. Ele foi convidada para publicar suas fotos aqui, ou melhor, os seus olhares sobre a beira-mar. E também a escrever um texto sobre essas sensações, que publicamos a seguir.
MEU OLHAR DE ENCANTAMENTO
Treine seu olhar para o belo. Faça o exercício diário de enxergar coisas bonitas mesmo em situações rotineiras. É aí que se escondem as pequenas belezas, preciosidades disfarçadas de cenas comum do cotidiano. O belo às vezes está naquele percurso repetido, no caminho batido, naquele lugar manjado.
Tenho o hábito de ir quase todos os dias caminhar na beira-mar. Vou cedo, quando já tem uma multidão correndo em grupos, senhoras caminhando de terço na mão, moradores de rua acordando no concreto duro. Gatos e cachorros atrás de comida. A beira-mar desperta cedo e esse "despertar" te "acorda" também.
Sempre me perguntam se eu não enjoo de ir todo dia pro mesmo lugar.
Não me canso. Adoro a agitação das primeiras horas da manhã com a chegada dos peixes em frente ao mercado... as bancas montadas ali mesmo na areia... aquela higiene duvidosa... a limpeza das escamas num ritual frenético.... gatos por todos os lados esperando uma sobra do pescado. O burburinho dos vendedores misturado com as histórias de quem chegou do mar...
É uma confusão com cheiro de maresia. No mar ou ancoradas ali estão as jangadas, com suas velas, cores e nomes... Mas isso é assunto para uma outra conversa. Enquanto isso treine seu olhar para o belo, para o extraordinário que está nas coisas comuns do dia a dia.
Susy Costa, jornalista com olhar de descobertas e apaixonada pela beira-mar