O Trem da Fantasia é presença marcante na Beira-Mar há 27 anos. De quinta-feira à domingo, os personagens fazem a alegria das famílias que frequentam o local. A ideia começou no Mercado dos Peixes, mas hoje se concentra perto do Jardim Japonês.

 

Carla Rejane, gerente da empresa, está no negócio há 10 anos e explica que, apesar de parecer lucrativo, existem muitas despesas. “São muitos funcionários cadastrados. Quase 40. Isso equivale a 50% da renda arrecadada por mês”, diz. Para conseguir uma vaga de trabalho, os candidatos a personagem precisam passar por uma seleção. Entre os requisitos, é preciso gostar de crianças e ser carismático.

 

O movimento é maior nos finais de semana. O público, que antes era dominado por crianças, hoje já é variado. Para 20 minutos rodando pelo bairro, é preciso pagar um valor de R$ 10,00 por pessoa. Nas quintas-feiras, a empresa trabalha com sete personagens. A quantidade aumenta nos finais de semana, com dez.

 

 

 

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Para a gerente, a maior dificuldade é em relação aos funcionários. “Sempre tem uns mais complicados que outros. De resto é tranquilo”, explica. Em relação às brincadeiras com as pessoas nas ruas, ela diz que raramente alguém se ofende. “Sempre têm pessoas que não gostam. Nem todo mundo é igual, mas é muito raro”, analisa.

 

A empresa também trabalha com eventos (despedida de solteiros e aniversários). Para contratar o trenzinho, é preciso desembolsar R$ 500,00 por hora.Quando questionada sobre a crise econômica, Rejane entende que passar por essa situação é normal, mas nunca pode pensar em desistir.

Para Lucas Alves, 18, que costuma se fantasiar como Batman, é uma felicidade trabalhar com crianças. Ele já está na empresa há um ano e foi indicado por um amigo. “Quero continuar aqui por muito tempo”, diz.

 

O economista Lauro Chaves, especialista em administração contábil e financeira, analisa que o trenzinho, sem dúvida, gera renda para uma série de atividades, como a de motorista, as atrações e a manutenção do carro, mas que é preciso inovar, para não perderem o espaço para outras formas de entretenimento. “Tudo tem um ciclo de vida”, completa